
Desde o início da adolescência, aprecio o “estar sozinha". Estar
sozinha é apenas estar, e não ser. O barulho que encontro dentro de mim
nos tempos que tenho comigo, só é sanado por outro barulho, senão melhor
barulho do que o das músicas. Já disse uma vez que a música é a única
forma de entender a nós mesmos sem que seja preciso dizer alguma
palavra. As músicas falam, não basta escutá-las, é preciso ouvi-las, se é
que me entende. Olhar pro nada com o olhar vazio não é solitário, é
corajoso. Há pessoas que em seu vazio se quer conseguem olhar pra algum
lugar, e eu estou sempre à procura de algo, alguém. Não quero coisas e
pessoas pra passar o tempo, quero-as para
fazer o tempo. O
tempo me dá todo o tempo do mundo para estar sozinha, e faço disso um
refúgio maravilhoso, onde me dou broncas e parabéns. Dar parabéns à mim
mesma é tão necessário quanto ouvir elogios, e que fique claro que isso
não serve para alimentar o meu ego, mas é uma base para saber que apesar
de todas as falhas, sou uma boa pessoa. Estar sozinha, estar só é uma
ótima oportunidade pra tudo… pra se conhecer, para conhecer alguém.
Jamais quero ver o “estar sozinha" ligado à solidão, pois estar sozinha,
me dá um leque de opções as quais posso fazer o que bem quiser, afinal,
estou sozinha e ninguém pode opinar nada.
- Prefira Borboletas
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